O que aprendi no II Congresso Educacional e Familiar do Sul de Minas
- Lucia Vasconcellos Abbondati
- 24 de nov.
- 3 min de leitura
Dentre tantas palestras bem embasadas e apresentadas com lucidez e paixão, aprendi que o que parece óbvio, nem sempre é, mas deveria ser; aprendi que a razão que fundamenta o argumento pode e deve ser manifestada com calor, vibração, entusiasmo e que, o que poderia parecer uma oposição, de fato, se sustenta ao complementarem-se.

Reafirmei o básico – família é, sim, o eixo principal da sociedade e não somente da nossa sociedade ocidental, com as particularidades que vivenciamos; família é a estrutura essencial de qualquer sociedade, independentemente da geografia, dos costumes, do idioma, da fé. Sem família, inexiste sociedade. O que nos une além dos laços sanguíneos são as tradições e os costumes geracionais que nos identificam; a história de nossos antepassados contadas e registradas em fotos, cartas, lembranças, nos formam. Ondas contínuas de tempo conservam memórias, sonhos, epopeias dos nossos entes passados e futuros.
Exatamente por isso alguns desejam destruir a família – pelo que é, pelo que representa e simboliza.

Na palestra de Raphael Tonon (@raphael.tonon), questões incômodas foram apresentadas para reflexão e debate, sendo muitas delas parte de nossa conversação cotidiana, visto que trabalhamos com educação e desenvolvimento de pessoas há algumas décadas. Pontos como:
Os problemas se universalizaram muito rápido, e assim ensinar é um desafio tanto em instituições públicas, como em particulares, religiosas ou não;
Quais são as principais diferenças entre a educação laica e a educação católica?
Hoje, qual é a finalidade da educação?
Ainda existe oposição entre ciência e fé?
Deixo tais pontos para meditação e concluo com uma frase dita por este professor:
“A nós, cabe semear”
Uma das coisas que mais gostei neste encontro foi saber um pouco mais sobre os Santos Educadores da Igreja Católica e seus escritos.
Santo Agostinho com o seu clássico “De Magistro”; São Bento - “Faça o melhor que puder, com o que tiver”.
Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, grande alfabetizador, da cidade de São Paulo.
E os dois padres que muito ensinaram através da música: Beato Francisco de Paula Victor e Padre José Maurício Nunes Garcia.

A Sargento Marisol (@sargentomarisoldm) nos incentivou a não deixarmos a terceiros a responsabilidade de protegermos nossas famílias e nos estimulou a tratarmos com amor, perdão e paciência os parentes difíceis para darmos testemunho de Deus em nossas vidas.

A psicóloga clínica Silvia Rangel (@eusilviadeabreu) nos exortou ao Espírito de Ousadia, tão necessário atualmente.

Já a diretora Mariana Torres (@marianatorresmf) nos apresentou um pouco do método utilizado no Colégio Stella Maris, no município de Maria da Fé, “A Educação da Alma”.
Nele (o método), o alinhamento entre as três estruturas que tratam da educação e dos alunos, a Igreja (espiritual), a Família (doméstico) e a Escola (sociedade) devem caminhar de mãos dadas; fornecendo segurança emocional e sensibilidade para o desenvolvimento das habilidades, aptidões e talentos das crianças.

Olinda Scalabrin (@olindascalabrin) nos apresentou a vida e a obra magnífica de São João Bosco, criador da Ordem dos Salesianos. Ele desejava criar a Sociedade da Alegria e seu principal alvo eram os jovens no “limite do aceitável”, jovens em risco, presos, perdidos.
“Jamais ignore a dor dos outros” era um de seus lemas, lembrete mais do que importante neste mundo tecnológico, efêmero e superficial.
Olinda nos deixou com uma pergunta desafiadora: Como alcançar os jovens hoje? Ou seja, do analógico (passado) ao mundo virtual (atual), o que é essencial sabermos e fazermos hoje?

No mais, lugar aprazível, acolhimento nota 10, e muitas famílias maravilhosas, ensinando e aprendendo juntas. Nossos parabéns ao Dr. Daniel (@drdanielche) e à Maísa Che (@maisavfche), organizadores, por este admirável evento!
Que venha o 3º Encontro!


















